Móveis de Diretoria


ÁREAS EXECUTIVAS
RECEBEM TRATAMENTO
DIFERENCIADO 


As áreas executivas precisam, entre suas principais finalidades, dizer o que determinado profissional e sua respectiva empresa representam.

O mobiliário, o piso, o carpete, a divisória, o revestimento, a luminária e a teleconferência farão parte da imagem da empresa. Sendo assim, precisar ser muito bem projetados e escolhidos.

De acordo com o consultor da MB Design, Mauro Barros, para atividades mais formais como um escritório de advocacia ou um banco, o mobiliário e seus componentes devem ser sóbrios, robustos, “que passem a imagem de seriedade e segurança”. Para um executivo da área de propaganda ou tecnologia, arrojo e modernidade devem ser as principais características.

Sendo assim, o ambiente executivo deve ser decorado e revestido de acordo com as características individuais de cada empresa e sua respectiva personalidade. Deve-se levar em consideração qual a imagem que a companhia quer passar para seus respectivos clientes e colaboradores. Nunca pode deixar que a estética se sobreponha a funcionalidade, a durabilidade ou ao conforto.

Um executivo realiza uma série de atividades durante o seu dia. Ele faz atividades operacionais com seu computador, usa o telefone, realiza reuniões e recebe pessoas. Para todas estas situações, deverá haver conforto e funcionalidade. “As questões de ergonomia e proporções adequadas devem ser respeitadas”, alerta Barros.

Segundo o engenheiro e arquiteto Marco Stancati, da Stancati Arquitetura e Design, tanto os escritórios de diretoria como os funcionais precisam ter um diferencial. “Espaços grandes onde os diretores ficam juntos servem para tudo, para pequenas reuniões, conferências, etc.” É importante um ambiente ser diferenciado, com um tipo distinto de mobiliário, uma cor de carpete, muitas vezes, com um significado para a empresa, como a cor do logotipo. “Colocar persiana no ambiente é um ponto que traz humanização ao ambiente, mas nem sempre o edifício permite”, diz. Iluminação diferenciada também é fundamental. “Eu uso e abuso de iluminação refletida”, conta Stancati.

Para Barros a escolha mais adequada dos objetos de dentro de um ambiente executivo deve ser feita após análise da representatividade que esta sala deve ter. É necessário fazer alguns questionamentos antes da decisão, como: Qual o perfil da empresa e dos executivos que irão utilizá-las? Por quanto tempo pretendem utilizar aquele ambiente? Quanto tempo diário os usuários costumam ficar dentro das salas?

Outros assuntos deverão ser considerados, como a filosofia da empresa nas questões hierárquicas. “Com estas informações, a escolha será mais fácil e precisa”, garante Barros.

Existem algumas diferenças entre os componentes existentes nos ambientes executivos e os demais ambientes do escritório. “O mobiliário para salas executivas permite certa liberdade de desenho, pois são produtos que ficam geralmente em salas separadas, com maior disponibilidade de espaço”, explica Barros. Não há necessidade de haver adensamento no layout.

Tipos de produtos

Podemos separar em três grupos os produtos oferecidos pelas empresas brasileiras: as mais tradicionais oferecem produtos com desenho clássico, réplicas de materiais europeus e norte americano. De designers internacionais, com soluções utilizadas há mais de 30 anos. Outras empresas originalmente brasileiras apostam no design nacional, criando produtos mais adequados a realidade e ao gosto do nosso país. Estes produtos trazem soluções construtivas funcionais e de instalação de tecnologia atualizadas, além do design inovador. Segundo Barros, os produtos feitos sob encomenda, com peças únicas e exclusivas, dependendo da empresa que os fabrica, raramente passam por estudos considerando a sua usabilidade. Acabam, muitas vezes, tendo um custo elevado, pois são fabricados unitariamente. Para que isso não ocorra é importante que seja feito uma pesquisa de mercado junto às empresas, para saber quais que fabricam produtos exclusivos. Comparar seus preços e verificar com clientes já existentes o que acharam dos produtos depois de certo tempo de utilização do mesmo também dará uma visão mais precisa sobre a compra.

Os ambientes executivos, geralmente exigem soluções de personalização. O produto deve oferecer opções de acabamentos. No caso de móveis, superfícies em folha de madeira natural, cristal ou pedras nobres, acessórios em metais sofisticados e revestimento em couro. “As fixações devem ficar totalmente invisíveis, assim como as instalações de cabos para alimentação de equipamentos de computador e comunicação”, recomenda Barros.

A diferença no mobiliário em função do cargo, de acordo com Stancati, está relacionado ao seu tamanho. “Os executivos de uma empresa precisam de mais espaço. Ter uma mesa um pouco maior do que as convencionais. Em muitos ambientes há a necessidades de mesas para reuniões, de aproximadamente 1,8m por 90 cm de largura”, explica.

Atualmente, segundo Barros, as soluções mais utilizadas são os tampos de pouca espessura, com um visual leve, mas com sofisticação nos materiais. As cores dos acabamentos definem a sobriedade ou modernidade dos móveis. “Desejável é utilizar folhas de madeira recompostas e de reflorestamento, no lugar de madeira maciça”, alerta. As soluções em couros sintéticos também apresentam aspectos e acabamentos muito interessantes, para substituir o couro natural. Uma nova tendência é o uso de materiais de possível reciclagem.

Beleza e representatividade não devem ser os únicos diferenciais dos objetos utilizados em um ambiente executivo. Um mobiliário bem dimensionado, com recursos de instalação de cabeamento de modo embutido, são quesitos importantes. Medidas como altura, formato da borda de contato, espaço para pernas e arquivamento de apoio também devem ser considerados. É fundamental que a área para colocação do computador, seja note book ou convencional, promova conforto ao usuário.

Stancati acredita que todos os objetos fabricados em linha estão muito bem colocados no mercado, “para suprir as necessidades existentes de empresas e seus respectivos usuários”. Eventualmente é preciso um mobiliário exclusivo, mas cada vez existem mais opções que se encaixam perfeitamente a todas as exigências.

Atualmente o fator acústico têm bastante peso na escolha de um objeto numa sala executiva, “seja relacionado as suas divisórias, o carpete ou mesmo o mobiliário”, diz Stancati. Hoje tudo é muito mais integrado, em um estilo open space, o que facilita o aumento do barulho dentro e fora de salas de reunião. “As divisórias precisam ser sem reverberações acústicas, os forros também, e assim por diante”, explica.

Stancati também faz um alerta ao que está fora de moda nos ambientes de trabalho, “salas de gerente sem integração e estações de trabalho grandes não estão com nada”. Atualmente as estações de trabalho possuem aproximadamente 1,40 por 1,40m. “O metro quadrado nos ambientes profissionais é muito caro, tem que ter uma estação bastante compactada e que satisfaça as necessidades da empresa”, conta Stancati.

Em qualquer ambiente deve ser levado em conta a harmonia entre os espaços. Esta harmonia estética é percebida até pelas pessoas mais desatentas. E um ambiente harmonioso além de valorizar a imagem da empresa, torna o local de trabalho mais agradável de se trabalhar, consecutivamente mais produtivo. A funcionalidade deve ser traduzida como conforto. Tecnologia deve estar nas soluções para recebimento de instalação de equipamentos. Atendendo todos estas questões, a boa escolha de objetos para ambientes executivos é um investimento e não uma despesa, pois vai refletir em lucro para a empresa.

Um pouco de história do mobiliário

As salas para executivos das empresas sempre tiveram uma simbologia de sucesso e poder. Era importante ter no mobiliário e no tamanho da sala, um pouco deste conceito.

Nos dias de hoje, algumas empresas fazem questão de minimizar este degrau entre a diretoria e os subalternos (hoje chamados de colaboradores).

De modo simples, listamos algumas influências que provocaram as mudanças no mobiliário para escritórios nos últimos tempos. Podemos dizer que as matérias primas e os processos de fabricação tiveram uma grande influência nestas mudanças. Usava-se muita madeira maciça, principalmente em salas de executivos e órgãos do governo. Com madeiras nobres e até já extintas, como o Jacarandá da Bahia. Por motivos óbvios, hoje não são mais utilizadas. Os processos de fabricação sofreram muita automatização e os velhos e experientes mestres marceneiros são tão raros quanto às madeiras extintas. Mesmo para um ambiente sofisticado, a fabricação deve ser otimizada para gerar um custo competitivo.

Existiram também fatores de status, aonde algumas características dos móveis conferiam aos seus respectivos usuários, uma conotação de posição na empresa. Nas cadeiras, quanto mais alto o encosto, maior era o poder que esta pessoa possuía. Como os reis da idade média. As promoções conquistadas e a promissora carreira profissional podiam ser medidas pelo tamanho da mesa e o número de gavetas da sua sala.

Atualmente, com os computadores mais acessíveis e indispensáveis para a boa realização de tarefas, e a redução da pirâmide hierárquica das novas estruturas organizacionais das empresas, todos os funcionários devem ter a sua disposição um posto de trabalho confortável que lhe permita render todo seu potencial (a sua produtividade).

Para Barros, outros fatores foram às mudanças na tecnologia, que geraram por sua vez mudanças na forma de trabalho. “Há apenas 25 anos o equipamento mais sofisticado de uma sala eram as máquinas de escrever e os telefones de disco”, relembra. Com a chegada dos computadores, inicialmente restritos às salas de CPD e depois os PCs, foi possível que houvesse gradativamente um computador para cada funcionário que trabalha dentro das empresas. Criaram-se novas necessidades, que exigiu que o mobiliário sofresse ajustes para atendê-las. Nas salas de executivos, este equipamento demorou um pouco mais para chegar, pois inicialmente eram apenas máquinas de armazenar dados. Em compensação, os executivos praticamente saltaram direto para os note books e telas de LCD.

Ponto de vista

De acordo com Ferdinando Mugnatto Filho, Property Manager da Tishman Speyer, na seleção do mobiliário para compor o ambiente corporativo destinado à Presidência, tem-se como princípio retratar os objetivos e as características da empresa. Por exemplo: se nos objetivos da empresa há a necessidade de passar uma imagem sólida e conservadora, utilizamse materiais nobres, como madeira e o mármore. Porém, se tratar de um ambiente descontraído como o das agências de publicidade, usa-se materiais hightech e lay-outs irreverentes.

Os usuários são exigentes quanto ao conforto ergonômico, assim como à funcionalidade dos móveis. Detalhes como cabeamento de fios, compartimentos adequados para organizar papéis e documentos, além de objetos como canetas e abridores de envelopes, devem estar organizados para estarem sempre à mão. Já as peças decorativas reforçam a intenção da imagem da empresa, sempre de acordo com o gosto pessoal. Normalmente imprimem a carga cultural e social do usuário.

Para Ferdinando, o ambiente ideal é aquele com atmosfera organizada, transparente, estruturada e flexível. Para se adequar a constantes ajustes de layout e aquisição de novos equipamentos e tecnologias.

“O mobiliário reflete a função de cada departamento”, acredita Ferdinando. Assim, o espaço do escritório de executivos possui necessidades associadas a importantes tomadas de decisões, formalidade ao receber outros executivos, de forma diferenciada dos demais ambientes. É necessário pensar em poltronas, sofás e mesa de trabalho, amplas. “Muitas vezes com uma pequena mesa de reunião acoplada para despachos rápidos”.

“Conforto não como uma forma de privilégio, mas como parte de grandes decisões acertadas”, diz.

É interessante também que o ambiente permita ao usuário oferecer uma bebida, como café, água ou drinks. Como se estivesse em um ambiente pessoal. Isso ajuda no efeito de “descompressão”.

O projeto do ambiente corporativo deve ser baseado em um conceito estabelecido através da “missão” da empresa e este conceito é reafirmado desde a recepção até a sala da Presidência, Sendo que em cada departamento esta imagem deve ser sutilmente reforçada.

As divisórias de um escritório executivo devem possuir características acústicas e privacidade visual.

Estão disponíveis no mercado excelentes mobiliários para os espaços corporativos, que associam toda funcionalidade, ergonomia e estética. “Porém, em função do espaço, ou diante de casos em que há necessidades específicas, é necessário projetar algo sob medida para superar as expectativas de uso daquele espaço”, comenta Ferdinando.

Os pontos fundamentais neste tipo de mobiliário podem se resumir em geral em função e ergonomia. A estética é uma variável que geralmente está submetida à imagem da corporação.

Segundo Ferdinando, há alguns itens que vêem sendo substituídos:

Os Sofás enormes estão sendo substituídos por poltronas individuais, que favorecem o diálogo; sempre posicionadas frente-a-frente; Telões ou TVs foram substituídos por grandes LCDs; Flip-Charts estão sendo substituídos por painéis que permitem escritas e que já as transferem para os notebooks.

Estes objetos têm uma carga de design, pois devem associar a estética à função. Devem traduzir a intenção da decoração total do espaço, porém atender às necessidades e aos gestos de cada usuário. Hoje há uma infinidade de peças que vão desde o emprego de madeira e couro, até produtos com toque agradável como EVA.